A ambição das estrelas do cinema


Hollywood mexe com a fantasia de milhares de pessoas. Um bom exemplo está no filme Nasce uma estrela (A Star Is Born, EUA, 1937/ 1954/ 1976), sobre o qual falamos um pouco na semana passada. A história gira em torno de uma garota interiorana que sonha em virar estrela de cinema. Ela alcança o estrelato, mas essa vida não se mostra nada fácil.

Mostrar o lado obscuro de Hollywood é um filão frequente no cinema. O clássico noir Crepúsculo dos Deuses (Sunset Boulevard, EUA, 1950) é, porvavelmente, o melhor exemplo. Norma Desmond, interpretada por Gloria Swanson, é a atriz dos tempos de cinema mudo que está em decadência. Ela vive abandonada em um mansão, acompanhada apenos do fiel mordomo Max.


Trailer de Crepúsculo dos deuses

Sua vida muda quando um aspirante a roteirista aparece, sem querer, em sua casa. Norma vê nele a oportunidade de voltar ao estrelato. Para muitos críticos, um dos melhores filmes do cinema e a obra-prima do "mestre de todos os gêneros" Billie Wylder.

Norma é uma atriz amargurada e expõe o lado cruel da indústria cinematográfica. O lado negro da profissão também aparece em A Malvada (All About Eve, EUA, 1950). Coincidentemente, esse filme e Crepúsculo dos Deuses são do mesmo ano. Os dois concorreram ao Oscar, mas a estatueta ficou com a história de Eve e Margo. Dessa vez o mundo é o teatro.
Margo Channind (Bette Davis) é uma atriz de grande sucesso e renome. Tudo ocorria bem na sua carreira até a chegada de Eve Harrington (Anne Baxter), uma aspirante a atriz. Ela aparece com um jeito tímido e doce e acabando conquistando a confiança das pessoas mais próximas de Margo. A estrela continua com certa desconfiança, mas acaba cedendo aos apelos. Mas o que ninguém esperava acontece, Eve se vale da posição ao lado de Margo para puxar seu tapete e subir para o estrelato.

Não há maniqueísmos. Nos dois filmes, as atrizes são ambiciosas, vaidosas e estão longe de serem "boas moças". A vida de estrela também não é fácil, os altos e baixos são inerentes à carreira.

Fernanda Pônzio e Pedro Ivo
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Assessor e porta-voz: no mesmo lado que o publicitário


No último post falamos sobre o publicitário, com destaque para o filme Crazy People. Hoje continuamos pelo mundo das vendas e da imagem, mas mudamos um pouco de foco. Os personagens são o assessor e o porta-voz.

Para o primeiro caso, um bom exemplo vem do filme Nasce uma Estrela (A Star Is Born), que tem três versões, a original de 1937 e as refilmagens de 1954 e 1976.

O mote do filme é a história de uma moça interiorana que sonha em ser uma estrela de cinema.

Esther Hoffman vai para Hollywood, passa por alguns perrengues, mas chega ao tão sonhado estrelato.

Engana-se quem pensa que a vida de artista ocorreria as mil maravilhas... A atriz passa por um grave problema pessoal. Para piorar, ainda convive com o assessor do estúdio de cinema. Um sujeito que só pensa na divulgação dos filmes e em colocar suas estrelas na mídia.


Trailer da versão de 1954 - em inglês
Ainda nessa linha encontramos o porta-voz.

Em Obrigado por fumar (Thank You for Smoking), Nick Naylor é o porta-voz de uma grande empresa de cigarros. Quando desafiado por agentes de saúdes e por um senador que deseja colocar rótulos de veneno nas embalagens dos maços, Naylor começa a manipular as informações sobre os efeitos do cigarros. Para isso, contará com a ajuda de um super agente de Hollywood.


Trailer em inglês


Mais uma vez, temos um personagem inescrupuloso. O objetivo é apenas a venda. Não há ética ou bons costumes.

Nesta semana, vamos falar novamente sobre Hollywood. Atores e atrizes são as próximas profissões!
Boa sessão!

Fernanda Pônzio
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